Brasil pode praticamente erradicar pobreza extrema em 2016

Se o Brasil mantiver o mesmo ritmo de diminuição da pobreza extrema e da desigualdade de renda obtidos nos anos de 2003 a 2008 poderá obter indicadores sociais próximos aos de países desenvolvidos em 2016. Da mesma forma, poderá alcançar uma taxa de pobreza absoluta de 4%.
É considerado pobre extremo quem recebe até 25% de um salário mínimo por mês, enquanto os pobres absolutos dispõem mensalmente de até 50% de um salário mínimo.
A informação é do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), vinculado a Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República.
Segundo o IPEA, a maior parte dos avanços atualmente alcançados pelo Brasil no enfrentamento da pobreza e da desigualdade está direta ou indiretamente associada à estruturação das políticas públicas de intervenção social.
O instituto aponta ainda fatores decisivos no combate a pobreza e desigualdade: a elevação do gasto social no país, que cresceu de 19% do Produto Interno Bruto em 1990 para 21,9% do PIB em 2005. São eles: a descentralização da política social, com o aumento do papel do município na implementação das políticas sociais e participação social na formatação e gestão das políticas sociais.