Brasil despenca cinco posições em ranking de IDH

Publicado em: 21/12/2020
Brasil despenca cinco posições em ranking de IDH

A fracassada política econômica do ministro da Economia Paulo Guedes e a ausência absoluta de projetos do Governo Bolsonaro no campo social, em especial na educação e pesquisa, inclusive com retrocessos nos investimentos públicos, levaram o Brasil a despencar no ranking internacional do IDH (Índice de Desenvolvimento Humano).


No primeiro ano do atual governo, o Brasil caiu do 79º para o 84º lugar entre 189 países. O tímido aumento no índice não foi capaz de impedir a queda da situação social do país, que foi de 0,762, em 2018 e passou para 0,765, em 2019, segundo relatório divulgado hoje pelo Pnud (Programa das Nações Unidas para Desenvolvimento), da ONU.


É desalentador para os brasileiros saber que uma nação tão rica em recursos naturais e potencial econômico continua atrás no ranking que mede a qualidade de vida dos povos de seus vizinhos do continente sul-americano, como Chile (0,851), Argentina (0,845), Uruguai (0,817), Peru (0,777) e Colômbia (0,767).


Uma boa notícia veio da Câmara dos Deputados, que aprovou na quinta-feira, 17/12 em definitivo, o projeto que regulamenta o novo Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), o principal mecanismo de financiamento da educação básica no país. As regras vão à sanção do presidente. O texto foi aprovado sem os trechos que, na prática, podiam retirar cerca de R$16 bilhões da rede pública, conforme pretendia o presidente da República. Esses pontos chegaram a ser aprovados pela Câmara inicialmente, mas foram retirados pelo Senado. Uma das alterações abria espaço para que escolas privadas sem fins lucrativos, de base filantrópica ou religiosa, também recebessem dinheiro público. A regra valeria inclusive para colégios ligados ao Sistema S (Senai, Sesi, Senac, Sesc).


Como sempre, os países de base social democrata, com forte investimento público e um avançado estado social de direito da região nórdica da Europa disputam a liderança, com Noruega em primeiro, seguida da Suíça e Irlanda. Aparecem depois, Hong Kong (China), Islândia, Alemanha, Suécia e Alemanha.


Os EUA aparecem em 17º lugar, mostrando que o fato de um país ser mais rico não significa, necessariamente, que seu povo tenha as melhores condições e qualidade de vida, derrubando o mito de que o “livre mercado” por si só, garante a justiça social.