Bradesco demite bancária grávida e lesionada em São Paulo

O Bradesco tem adotado uma política de terror contra os funcionários que adoecem devido ao ritmo desumano com que o banco cobra produção e metas.
Em outubro de 2004, a bancária Marilza apresentou os primeiros sintomas de Ler/Dort nos braços e ombros – causada pelo trabalho no Bradesco Telebanco Santa Cecília. Acabou precisando se afastar do trabalho pela primeira vez em junho de 2005, retornando em 2006 após passar por diversos tratamentos. Mas foi demitida em outubro de 2007.
A bancária procurou o Sindicato dos Bancários de São Paulo, que levou o problema para a Justiça e, em janeiro deste ano, conseguiu a sua reintegração.
Quando voltou ao banco, Marilza estava no sexto mês de gravidez. Ignorando a ordem judicial, o setor jurídico do Bradesco determinou novamente a demissão da bancária.
“Eu questionei o RH sobre como poderiam me demitir após a decisão da Justiça e eu estando grávida. Disseram que haviam conseguido uma liminar cancelando a reintegração, e que eram ordens do jurídico”, disse a bancária.
Marilza conta ainda que, amparada pelo Sindicato dos Bancários de São Paulo, foi à Justiça exigir a reversão da demissão, que foi obtida em fevereiro.
“É um caso que deixa escancarada a política desumana adotada pelo banco perante os lesionados”, afirma o diretor do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Rubens Blanes.
Fonte: Sindicato dos Bancários de São Paulo