BC protege bancos e prorroga tempo dos correspondentes nas agências

Publicado em: 07/03/2012
BC protege bancos e prorroga tempo dos correspondentes nas agências

Os bancos ganharam mais sete meses para retirar os correspondentes bancários que atuam dentro de agências e postos das próprias instituições financeiras.


A resolução aprovada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) prorrogou para 1º de novembro a data limite para a remoção. O prazo, que terminaria em 4 de abril, já havia sido prorrogado, uma vez que a primeira data era 2 de janeiro deste ano.


Com esta medida, mais uma vez, o Banco Central (BC) atua como verdadeiro sindicato dos bancos, protegendo sua estratégia de segmentação do atendimento. Nesta semana a Contraf-CUT, em parceria com o Dieese, divulgou levantamento denunciando que o BC, por meio da sua política de remuneração dos compulsórios, transferiu da sociedade R$ 35 bilhões aos cofres dos bancos. Ao invés dos bancos utilizarem os correspondentes para incluir as pessoas excluídas do sistema, acabaram utilizando tal figura como uma estratégia para redução de seus custos com pessoal e para aumentar ainda mais a lucratividade que ano após ano bate recordes.


O BC deve ser rigoroso na fiscalização da atuação dos bancos e impedir qualquer tipo de discriminação no atendimento bancário. Os bancos são concessões públicas para prestação dos serviços financeiros e o BC deve cuidar para que cumpram esta função de forma democrática.