BC nega fusão envolvendo Santander

Não há, no Banco Central, nenhum pedido de fusão em andamento que envolva o Santander. A afirmação foi feita pelo secretário-executivo e futuro titular da recém-criada Diretoria de Assuntos Especiais do BC, Luiz Edson Feltrim. Também participaram da reunião o presidente da Contraf-CUT, Carlos Cordeiro, o futuro secretário-executivo do BC, Geraldo Magela e a presidente do Sindicato, Juvandia Moreira. Os representantes dos trabalhadores foram ao Banco Central manifestar sua preocupação com a concentração bancária que em todo o mundo tem trazido grandes prejuízos aos trabalhadores e toda a sociedade.
Feltrim explicou que desde abril o BC aplica procedimentos na análise de atos de concentração do Sistema Financeiro Nacional, como a Circular 3.590 (de 26/4/2012), que, entre outros itens, exige que os bancos informem “os ganhos de eficiência esperados com o ato de concentração que possam resultar em benefício aos usuários de produtos e de serviços financeiros”. Se essa resolução já existisse, as fusões no Sistema Financeiro Nacional não poderiam ter sido concretizadas. Em todos os casos, seja nas compras do Real pelo Santander, do Unibanco pelo Itaú ou da Nossa Caixa pelo Banco do Brasil, houve redução do quadro de funcionários e piora nas condições de trabalho que levaram ao aumento de reclamações de clientes no próprio BC. Enfim, não houve ganho de sinergia para a sociedade brasileira, só para os bancos.