BB: despesas da Cassi são maiores do que receitas

Publicado em: 18/03/2022
BB: despesas da Cassi são maiores do que receitas

O novo modelo de custeio, implantado pela atual gestão da Cassi, aumentou as despesas administrativas da entidade em quase 60% nos últimos 10 meses. Além da forma de custeio, houve também aumento da coparticipação, de 2019 até 2021, fazendo a entidade receber R$ 3,6 milhões a mais em aportes do banco e dos associados.


Entretanto, no Plano Associados, as despesas com a assistência à saúde superaram as receitas desde julho de 2021. Os números somente comprovam o que as entidades sindicais têm denunciado nos últimos anos.


Mesmo tendo recebido R$ 3,6 bilhões a mais no caixa, a atual diretoria e conselheiros colocaram em risco a sustentabilidade da Cassi. O fato é ainda mais preocupante porque a partir deste ano, o Banco do Brasil deixará de pagar cerca de R$ 140 milhões anuais de custeio administrativo.


Na tentativa de esconder o resultado deficitário na Cassi, defensores da atual administração divulgaram nas redes sociais que o resultado operacional da entidade é superavitário. “O problema é que eles estão considerando o Plano Associados junto com o Plano Família e o Plano Essencial. Mas o nosso plano é o Plano Associados que, como os resultados divulgados oficialmente no site mostram, está deficitário”, explicou João Fukunaga, coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB). “Portanto, ao apresentar o resultado geral dos planos, a gestão atual da Cassi esconde o déficit operacional do Plano Associados, incluindo receitas extraordinárias no cálculo. Isso é o tipo de coisa que empresas normais não fazem, ainda mais porque os recursos extraordinários – como é o caso do aporte que o banco fez de 2019 até 2021 – são provisórios”, completou.