Bancos públicos voltam a ter papel central nas políticas para o desenvolvimento

O governo Lula iniciou o mandato cumprindo uma das promessas de campanha: reverter processos de privatização de empresas públicas. O “Diário Oficial da União” publicou no dia 02/01 (segunda-feira), o despacho assinado pelo Presidente da República no domingo (01/01), dia da posse, determinando o fim dos trâmites para a venda de oito estatais. Dois dias antes, ainda dentro do período de transição, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, cumpria a promessa do novo governo de colocar duas mulheres no comando das principais instituições financeiras do país, Caixa e BB.
Em entrevista realizada em novembro passado, Maria Rita Serrano, recém chamada para assumir a presidência da Caixa, lembrou que foi durante os governos anteriores de Lula e Dilma que “os bancos públicos e as empresas públicas” foram instrumentos importantes para “fazer investimentos no país e com isso, lógico, contribuir na geração de emprego e para tirar a população da miséria”.
Ela explicou que os bancos públicos, “primeiro, contribuem para o desenvolvimento do país, sendo um braço do governo, fornecendo as ferramentas ao desenvolvimento do país, com investimentos de médio e longo prazo para infraestrutura, habitação, agricultura, agronegócio”. Em segundo lugar, “os bancos públicos podem gerar programas sociais, no sentido de melhoria da qualidade de vida da população, por exemplo, com a oferta de microcrédito para nichos da sociedade que os bancos privados não atendem”, completou.