Bancos exploram falta de informação dos clientes e lucram com abuso de tarifas

O  Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) realizou uma pesquisa dos pacotes dos dez maiores bancos do país e constatou que muita gente não tem conhecimento sobre o que significa cada uma das inúmeras tarifas cobradas pelos bancos.

Por conta desse desconhecimento, os consumidores ficam totalmente desprotegidos, já que as taxas bancárias não são tabeladas pelo Banco Central. Ou seja, os bancos podem aumentar ou diminuir cada uma delas como bem entenderem.

O grande problema não é a cobrança, já que elas são autorizadas (embora não sejam controladas). É a falta de informação sobre as tarifas, que devem ser repassadas ao consumidor da maneira mais clara possível.

Embora exista a resolução 3.518 do Conselho Monetário Nacional, que obriga os bancos a divulgarem em suas agências e paginas virtuais o valor das tarifas e, em caso de reajuste, comunicar com 30 dias de antecedência os seus clientes, na prática, isso não ocorre.

O consumidor deve ficar atento sobre serviços que não são contratados previamente, mas são cobrados. Emissão de boletos e carnês também não podem ser cobrados, de acordo com a Resolução 3.693/2009 do BC.

Nestes casos, o Procon orienta que o valor deve ser devolvido em dobro ao correntista. E antes de abrir uma conta, não há outro jeito: pesquisar é a palavra de ordem para quem quer pagar tarifas mais baixas.