Bancos começam a retirar porta giratória das agências

Publicado em: 10/02/2012
Bancos começam a retirar porta giratória das agências

Os principais bancos privados do país iniciaram um processo de retirada das portas com detectores de metais das agências espalhadas pelo país. Por meio de nota, o Itaú afirmou que a retirada do equipamento faz parte de um processo que começou após a fusão entre as duas instituições, concluída em 2010, confirmando a mudança e dizendo que retirará essas portas em todas as agências do país, mantendo apenas onde for obrigado por lei [municipais ou estaduais] ou por insegurança. Já o Bradesco nega, apesar de casos registrados pela reportagem.


Feita de forma gradual e sem alarde, a ação é um refluxo da disseminação destes equipamentos deflagrada nas décadas de 1980 e 1990, quando o Brasil via recordes de roubos a bancos. Naquela época, São Paulo registrava mais de 1.200 roubos por ano. Em 2011, foram 251 casos registrados.


O Itaú bateu novo recorde e lucrou R$ 14,620 bilhões no exercício de 2011. No entanto, gastou R$ 482 milhões com segurança e vigilância, o que representa somente 3,30% em relação ao lucro do ano. Já o Bradesco lucrou R$ 11,02 bilhões no ano passado. Por sua vez, investiu R$ 333 milhões em segurança e vigilância, o que significa apenas 3,02% em comparação ao lucro anual.


“As portas giratórias deveriam ser obrigatórias para todas as agências bancárias, pois previnem assaltos e protege a vida de funcionários, clientes e usuários, essa postura do banco é uma retrocesso”, informou o diretor do Sindicato Alexandre Eiras.