Banco do Brasil quer emprestar R$ 60 bilhões em 2010

Fonte : Folha Online
O presidente do Banco do Brasil, Adelmir Bendine, disse nesta terça-feira que o banco pretende aumentar em 20% sua carteira de crédito em 2010, o que significa emprestar R$ 60 bilhões no próximo ano. De acordo com Bendine, o banco tem caixa suficiente para emprestar por pelo menos mais um ano sem comprometer os níveis de risco da instituição o chamado Índice de Basiléia e que o BB estuda emitir ações no mercado primário e secundário para aumentar a capacidade de financiamento do banco.
"Temos no mínimo um ano de conforto para a expansão. Mas não queremos deixar para a última hora [as negociações de aumento de capital]", afirmou, durante café da manhã com jornalistas em Brasília.
Bendine disse ainda que em 2010 o banco começará um "grande projeto de expansão" que pretende fazer com que o BB tenha agências em todos os mais de 5 mil municípios brasileiros hoje está em 3.892. Com isso, o número de agências subiria dos atuais 5 mil para 7 mil.
São Paulo
Segundo Bendine, um dos "carros chefes" do banco em 2010 é o investimento no mercado paulista, onde, após a compra da Nossa Caixa, o BB passou a ser o primeiro em número de agências no Estado.
"Compramos a nossa caixa porque tínhamos uma deficiência no mercado paulista. Vamos investir na abertura de novas agências [no Estado] em 2010", completou.
A projeção do banco é abrir 85 agências em São Paulo no próximo ano. Com isso, além de manter 90% dos funcionários da Nossa Caixa, o BB pretende convocar 1.500 profissionais já aprovados em concurso do banco. O presidente disse ainda que a marca Nossa Caixa deverá conviver paralelamente com a do Banco do Brasil por mais dois anos. "A tendência é, com o tempo, ela definitivamente desaparecer", completou.
BRB
Bendine disse ainda que as negociações com o BRB (Banco de Brasília) do governo do Distrito Federal -- continuam abertas, mas que as duas partes não conseguiram chegar a um preço comum. Ele afirmou ainda que o BRB "perde atratividade" à medida que o tempo passa porque, a partir de 2012, não terá mais exclusividade sobre a folha de pagamento dos servidores distritais, o que, segundo ele, é o maior ativo do banco.
"É uma agenda que já foi e já voltou várias vezes, ainda não há uma convergência de números", afirmou.