Banco do Brasil flexibiliza medidas de combate e prevenção ao Coronavírus.

Na última segunda-feira, 19/10, o Banco do Brasil soltou um comunicado direcionado aos funcionários. Nele, o banco diz ter recebido “diversos pedidos de funcionário(a)s que se encontram trabalhando de forma remota, e que se autodeclararam pertencentes ao Grupo de Risco, para retornar ao trabalho presencial”. Segundo o comunicado, a dificuldade de adaptação ao trabalho remoto se sobressai em relação a qualquer outra. Com essa alegação, o banco decidiu flexibilizar as medidas adotadas, até então, para combater e prevenir a disseminação da Covid-19 entre seus funcionários.



É importante salientar que o retorno ao trabalho presencial é, acima de tudo, VOLUNTÁRIO. Ou seja, em hipótese alguma os bancários e bancárias podem ser pressionados para isso. Aqueles que tiverem essa vontade deverão atender a alguns critérios, como não pertencer ao rol definido pela Portaria Conjunta nº 20 de 18/06/2020, que em seu subitem 2.11.1 diz:



“São consideradas condições clínicas de risco para desenvolvimento de complicações da COVID-19: cardiopatias graves ou descompensadas (insuficiência cardíaca, infartados, revascularizados, portadores de arritmias, hipertensão arterial sistêmica descompensada); pneumopatias graves ou descompensadas (dependentes de oxigênio, portadores de asma moderada/grave, Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica - DPOC); imunodeprimidos; doentes renais crônicos em estágio avançado (graus 3, 4 e 5); diabéticos, conforme juízo clínico, e gestantes de alto risco.”



Fonte: https://www.in.gov.br/.../portaria-conjunta-n-20-de-18-de...



No comunicado, o banco complementa que os funcionários acima de 60 anos, com obesidade grau 3 (com índice de massa corporal igual ou maior de 40) e gestantes em qualquer condição “não terão o retorno ao trabalho presencial autorizado”.



Por fim, o banco reforça o compromisso com a preservação da saúde dos funcionários e de seus familiares, assim como a dos clientes. Para Marcos Alvarenga, funcionário do BB e presidente do SindBancários Petrópolis, a mudança do banco pode gerar uma pressão desnecessária e irresponsável no já delicado momento que vivemos: “A situação do Coronavírus no Brasil pode estar em declínio no momento, mas ela está longe de acabar e ainda convivemos com milhares de novos casos e centenas de mortes a cada dia. Cada pessoa que vai para as ruas, podendo trabalhar de casa, coloca diversas vidas em risco, não só a sua, de seus familiares e colegas de trabalho, mas também a de desconhecidos. Se o banco tem realmente a preocupação que diz ter, deve incentivar e promover condições para que o máximo possível de seus funcionários trabalhem de suas casas. A decisão do banco e a divulgação desse comunicado só leva pressão e insegurança aos funcionários e, onde existe pressão, não tem como haver voluntariado”.



O Sindicato orienta a qualquer um que se sinta pressionado a voltar ao trabalho presencial, para procurar a entidade para que as devidas medidas sejam tomadas.