Banco do Brasil é o que mais discrimina

Publicado em: 31/01/2012
Banco do Brasil é o que mais discrimina

Um estudo realizado pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), denominado "As Mulheres nos Bancos" revela que, apesar delas representarem quase a metade da categoria e possuírem níveis de escolaridade mais altos que os homens, as mulheres bancárias recebem salários inferiores e têm menor presença em cargos de chefia. O estudo foi apresentado na sexta-feira 27/01 e analisou os bancos Itaú Unibanco, Bradesco, Banco do Brasil e Santander.


Segundo a pesquisa, o pior resultado de todas as instituições analisadas ficou para o BB, onde apenas 35,36% dos funcionários são mulheres. O levantamento explica que isso se deve ao fato de que, até 1969, somente homens podiam prestar o concurso público de ingresso ao banco. Mas ainda hoje o quadro discriminatório permanece inalterado.


Os dados tomaram como base o balanço social dos bancos, publicado pela Febraban (Federação Brasileira de Bancos), o qual revelou que 46% da categoria bancária é composta de mulheres, sendo que 68,94% delas possuem curso superior completo.


Já os homens, respondem por 54% da categoria, dos quais 67,06% com diploma universitário. Apesar disso, somente 12% dos cargos de diretoria são ocupados por mulheres, que também são minoria, devido 45% ocuparem cargos comissionados como os de supervisão, chefia e coordenação.