Bancários são os mais afetados pela Covid-19

Publicado em: 26/01/2022
Bancários são os mais afetados pela Covid-19

Com a explosão de casos da Covid-19, muito por conta da nova variante ômicron que tem maior poder de transmissibilidade, trabalhadores que lidam com muitas pessoas acabam sendo infectados pelo vírus. Esse é o caso dos bancários, uma das categorias mais afetadas pela doença.


De acordo com o Presidente do SindBancários Petrópolis, Marcos Alvarenga, aproximadamente 105 bancários testaram positivo nas três primeiras semanas do ano. “Isso dá uma média de 5 novos casos a cada dia. Em maio do ano passado fizemos um levantamento do tamanho da categoria em Petrópolis, éramos 565 bancários ou seja, praticamente, 1 a cada 5 bancários em Petrópolis teve Covid-19 nesse ano”, relatou.


No último dia 17/01, sete agências tiveram que ficar fechadas depois de casos confirmados de infecção de funcionários. Os bancos não informam ao Sindicato o número de trabalhadores afastados pela doença, o que dificulta o acompanhamento e a quantidade de infectados. A maioria das agências não modificou os protocolos de prevenção. Com base no alto índice de infecção entre os profissionais, o SindBancários Petrópolis e demais Sindicatos filiados à Federa/RJ elaboraram uma proposta de Protocolo de Combate e Prevenção à Covid-19, para ser adotada por todos os bancos:


* Retornar, imediatamente, com os bancários do grupo de risco ao trabalho remoto; da mesma forma, manter à distância todas as funções que o permitam;


* Fornecer máscaras com maior proteção à variante Ômicron (como as FFP3, KF94, KN95 e N95). As máscaras de pano, tecido e até mesmo as cirúrgicas possuem um baixíssimo nível de proteção à variante Ômicron;


* Voltar a aferir a temperatura corporal de todos (funcionários, clientes e usuários) e controlar o total de pessoas dentro das agências;


* Retornar ao horário de atendimento reduzido;


* Afastar, imediatamente, os funcionários com suspeita (inclusive os terceirizados), encaminhando-os a clínica ou posto de saúde para realização do teste;


* Afastar, imediatamente, todos que trabalham no setor e que tiveram contato com o suspeito, mesmo sem sintomas, para ficarem em quarentena conforme regulamentação do Ministério da Saúde (tendo que fazer o teste, caso algum sintoma apareça);


* Não retornar ao trabalho funcionário ou terceirizado sem testagem negativa;


* Agilizar o cumprimento do protocolo (hoje há demora de dois a três dias, aumentando a contaminação);


* Realizar a higienização da dependência por empresa especializada, interrompendo o funcionamento normal por um dia;


* Proibir a realocação de funcionário de uma agência com suspeita ou confirmação, para outra (mesmo que este não trabalhe no mesmo setor do funcionário positivado ou com sintomas). Da mesma forma, não deslocar funcionário de uma agência sem casos confirmados ou suspeitos para uma que tem;


* Reforçar os procedimentos (protocolo) de combate e prevenção à Covid-19, através de comunicado interno, a toda equipe de funcionários das dependências -  com orientações claras, destacando as responsabilidades e obrigações de cada um, como uso de máscaras por toda a jornada de trabalho, respeito à distância entre as pessoas e higienização das mãos;


* Testar periodicamente os funcionários e prestadores de serviços;


* Ampliar e melhorar o atendimento pelo serviço de telemedicina;


* Reavaliar as metas e parar as demissões imediatamente;


* Comunicar, tempestivamente, ao sindicato local, os casos de bancários e terceirizados positivos para a Covid-19, assim como os casos suspeitos.