Bancários revertem decisão do Itaú sobre retorno ao trabalho presencial

A Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú e o Grupo de Trabalho (GT) de Saúde do Itaú se reuniram com a direção do banco, na tarde da última quinta-feira, 02/12, para retomar a pauta de reivindicações. O principal avanço do encontro foi a reversão da decisão do Itaú, que havia convocado o grupo de risco para retornar ao trabalho presencial.
“A pandemia ainda não acabou e o cenário em outros países comprova isto. A nova variante é uma ameaça real. É importante o avanço da vacinação, como também o cumprimento dos protocolos de saúde e o uso correto das máscaras”, disse o secretário de Saúde e Condições de Trabalho do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região e Coordenador do Grupo de Trabalho (GT) de Saúde do Itaú, Carlos Damarindo.
Ainda no âmbito da saúde, além de se comprometer a manter em home office os trabalhadores de grupos de risco, o Itaú disse que continuará fazendo campanha para incentivar a vacinação dos(as) funcionários(as), inclusive pedindo a dose de reforço ao grupo de risco. O banco disse ainda que está intensificando a importância do protocolo de segurança sanitária entre os bancários por meio de campanha interna.
Outro ponto de destaque na mesa de negociação foram as demissões em agências e departamentos. Trabalhadores apontam que muitos desligamentos ocorrem pela cobrança de metas abusivas e avaliações de performance. A COE cobrou do Itaú uma posição sobre as demissões que estão ocorrendo nas agências de todo o país. “Precisamos saber quais locais estão passando por reestruturação e se estão ocorrendo contratações. A necessidade da criação de um centro de realocação para os funcionários é urgente”, disse o coordenador da COE do Itaú, Jair Alves dos Santos.
O banco declarou que haverá o fechamento de agências deficitárias e que os funcionários serão realocados em outras agências.
Os representantes dos trabalhadores também cobraram do banco explicações sobre denúncias de que funcionários estão sendo desligados por não terem as certificações CPA 10 e CPA 20. “O banco nos respondeu que isso [o desligamento por falta das CPAs] não é uma política institucional. O Itaú precisa emitir um comunicado oficial sobre o procedimento para certificação e esclarecimento aos funcionários”, cobrou o coordenador da COE.
O acordo de banco de horas negativas, feito entre os representantes dos trabalhadores e o banco, com vigência de dois anos, vence em agosto de 2022. No encontro de quinta-feira, o Itaú se comprometeu a agendar uma nova data, ainda neste mês de dezembro, para discutir o tema.