Bancários retomam CRT do Santander e negociação continua dia 18 de maio

O Comitê de Relações Trabalhistas (CRT) do Santander, reuniu-se ontem, em São Paulo.
A Contraf-CUT, em conjunto com outras entidades sindicais e Afubesp, apresentou todos os itens da pauta de reivindicações. O banco respondeu algumas demandas, propôs a formação de dois grupos de trabalho e agendou nova negociação para o próximo dia 18 de maio para continuar o diálogo e trazer as demais respostas.
A negociação ocorreu no mesmo dia em que o Santander anunciou o lucro do primeiro trimeste. O Brasil teve resultado recorde e já representa 21% dos lucros do grupo: R$ 1,763 bilhão nos três meses do ano, duas vezes mais do que o apurado um ano antes, de R$ 832 milhões.
Veja alguns pontos discutidos no encontro:
BOLSAS DE ESTUDO
As entidades sindicais pediram um relatório dos pedidos de bolsas de estudo, uma das conquistas dos bancários que estão garantidas no acordo aditivo do Santander. O banco adiantou que houve recusa de 250 pedidos, na sua maioria por documentação incompleta e outros por cursos não previstos.
ASSISTÊNCIA MÉDICA E ODONTOLÓGICA
O banco negou a manutenção dos planos de assistência médica e odontológica após a aposen-tadoria, independente do tempo de banco que possua o funcionário.
Também recusou a inclusão dos pais como dependentes a exemplo do que ocorre na Cabesp.
A criação de um conselho de usuários para cada plano também não foi aceita pelo banco.
"Lamentamos as negativas do banco, pois as melhorias reivindicadas são importantes para a qualidade de vida dos funcionários", disse Ademir Wiederkeh, secretário da Contraf-CUT.
DESLIGAMENTOS POR JUSTA CAUSA
Os funcionários denunciaram o grande número de funcionários demitidos por justa causa e apresentaram casos de informações desabona-doras do banco contra esses trabalhadores.
O banco negou abusos e afirmou que não existe orientação para dar informações que desa-bonem o ex-funcionário quando ocorrem solicitações.
PIJAMA
Os dirigentes sindicais fizeram um recurso, diante da recusa dos pedidos de licença remunera-da pré-aposentadoria (pijama) que foram apresen-tados fora do prazo.
Os períodos estipulados não tinham objetivo de punição e sim de disciplinar a gestão do pro-grama. O banco ficou de apresentar um estudo dos casos negados e trazê-los na próxima reunião.
Os sindicatos ficaram de fazer um levanta-mento para verificar a ocorrência de casos de funcionários que, desde outubro do ano passado, perderam o prazo e deixaram de enviar o pedido.
GRUPOS DE TRABALHO
Dois temas serão objeto de discussão em grupos de trabalho: os procedimentos de RH e do acesso dos dirigentes sindicais aos trabalhadores lotados na Torre, Call Centers e Aymore.
Também ficou definido que o banco fará uma apresentação aos dirigentes sindicais do Pla-no de Cargos, Salários e Carreiras (PCSC) e dos programas próprios de remuneração variável.
Os bancários reivindicam um grupo de trabalho paritário para discutir o PCSC que elimine as graves distorções salariais existentes entre os funcionários.
Fonte: Contraf-CUT com Seeb São