Bancários cobram proibição da exposição de ranking individual no Santander

A reunião entre representantes do Santander e a COE (Comissão de Organização dos Empregados) para discutir as condições de trabalho, que aconteceu na última quinta-feira, dia 24/05, em São Paulo, não resultou em grandes avanços. Mais uma vez, a organização financeira se esquivou de problemas visíveis no dia-a-dia do bancário.
A pressão por metas, geradora de estresse e consequentemente, de doenças, foi um dos problemas que o banco se nega a ver. A empresa reafirmou que os caixas não são avaliados pelo desempenho da venda de produtos, ou seja, não têm que cumprir metas. No entanto, alguns gestores obrigam os caixas a venderem os produtos. Essa prática é comum e de fácil comprovação, basta conversar com qualquer bancário. A COE cobrou do Santander uma solução para o término do problema.
Outro assunto abordado foi a divulgação do chamado super-ranking, que é uma lista com o desempenho de todos os funcionários. Hoje, todos têm acesso à relação, o que gera constrangimento e descumpre a cláusula 35ª da convenção coletiva dos bancários sobre monitoramento de resultados. A organização financeira informou que nos próximos dias isso não acontecerá mais e somente os gerentes gerais e os regionais poderão ver o desempenho dos funcionários. Outros assuntos da pauta, como a jornada fora do local de trabalho, a abertura de contas universitárias e os desvios de função, não foram debatidos, mas serão discutidos na próxima reunião com o banco, ainda sem data definida. O diretor do Sindicato e funcionário do banco, Alexandre Eiras, participou da reunião.