Bancários cobram negociações específicas com Santander

Os bancários voltaram a cobrar nesta segunda-feira, dia 07/11, negociações com o Santander para discutir a pauta específica de reivindicações, visando a renovação do acordo aditivo à convenção coletiva de trabalho.
A exemplo da carta enviada no dia 21 de outubro, um novo documento foi remetido pelo Sindicato dos Bancários de São Paulo, Contraf-CUT, Fetec-CUT/SP, Feeb SP-MS e Afubesp ao superintendente de Relações Sindicais do Santander, Jerônimo Tadeu dos Anjos, propondo que, além de agendar uma data de reunião, o banco prorrogue a vigência do aditivo até a data da assinatura do novo instrumento.
A minuta foi entregue no dia 30 de agosto para os representantes do banco espanhol, que se comprometem em abrir negociações logo após o final da campanha nacional dos bancários. Passados mais de 15 dias da assinatura da convenção coletiva com a Fenaban, o Santander ainda permanece em silêncio, frustrando a expectativa dos funcionários. Os bancários do Brasil foram os principais responsáveis por 25% do lucro mundial do grupo espanhol, o maior resultado do banco em todos os países onde atua, e por isso não podem ser tratados como se fossem de segunda categoria.
Além do aditivo, os trabalhadores querem ampliar os valores do Programa de Participação nos Resultados do Santander (PPRS) e preservar os termos de compromisso do Banesprev e Cabesp.
Os trabalhadores do Santander são os únicos, entre os bancos privados, que possuem acordo suplementar à convenção coletiva. Entre as conquistas do aditivo está a garantia de duas mil bolsas auxílio-educação aos trabalhadores com ao menos quatro meses de trabalho e cursando a primeira graduação. Outra cláusula social importante é a garantia às funcionárias com filho de até 9 meses de idade a dois descansos especiais durante a jornada, que podem ser trocados por 10 dias corridos de licença a serem usufruídos na sequência da licença-maternidade, pelo pai ou mãe, caso ambos sejam funcionários do banco.