Bancários cobram do Itaú mudanças no Agir e SQV

O Itaú concordou com a reivindicação feita pela Comissão de Organização dos Empregados (COE), de formar um Grupo de Trabalho para debater remuneração. O argumento foi o resultado de pesquisa realizada na categoria sobre os programas Score de Qualidade de Venda (SQV) e o Ação Gerencial Itaú para Resultado (Agir).

O levantamento mostrou que o SQV, usado para avaliar o comportamento das vendas feitas pelos bancários, na verdade, os penaliza, com impactos negativos na saúde, como estresse e depressão. Já o Agir, na opinião da categoria é injusto, pois estabelece, muitas vezes, metas inalcançáveis. O objetivo do GT é alterar a forma de cobrança abusiva das metas e criar um pagamento proporcional dentro do programa. Atualmente só recebe o Agir quem alcança 100% da meta estabelecida. O que é injusto, pois a meta junta os números pessoais e os coletivos de cada agência.

Na reunião, os representantes do Itaú apresentaram dados sobre número de funcionários, por faixa etária e área de atuação e em relação a admissões e desligamentos desde 2018. Os dados serão passados para o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) que fará um estudo a ser debatido na próxima reunião, prevista para acontecer entre 16 e 17 de outubro. Porém, os dirigentes sindicais já alertaram para o alto número de demissões ocorridas, em 2019, cerca de 8 mil. O banco se comprometeu ainda a informar o número de funcionários por raça e gênero. Além de possíveis alterações administrativas, como fechamento de agências e mudanças de nomenclaturas e funções dos cargos nas áreas operacionais e comerciais.

A COE reforçou convite ao diretor de Pessoas a participar da reunião ampliada de representantes sindicais, com datas indicadas para o dia 28 de novembro ou dia 05 de dezembro. A pauta será a avaliação e aprofundamento de temas pertinentes aos funcionários do banco que orientam as iniciativas das entidades sindicais em todo o país.