Bancários aguardam nova proposta
De braços cruzados. É assim que os bancários e bancárias esperam a negociação desta sexta-feira 23/10, no 18º dia de greve. E, sem avanços, o movimento grevista segue firme.
A expectativa de uma proposta decente de reajuste e melhores condições de trabalho, entre outras reivindicações da categoria, era grande durante toda a tarde de ontem, data que a federação dos bancos agendou para continuar a negociar. No entanto, o Comando Nacional dos Bancários, no final do dia, recebeu a notícia da Fenaban sobre o adiamento da rodada para a manhã desta sexta-feira.Desde que as negociações foram retomadas, na terça-feira 20/10, os bancos vêm insistindo em apresentar propostas de reajuste abaixo da inflação. Primeiro foram 7,5%, depois 8,75%: índices que não chegam sequer a repor a inflação de 9,88% (INPC).
Outros setores da economia como químicos e metalúrgicos, estão pagando aos seus trabalhadores reajuste que cobre a inflação.
Banco do Brasil e Caixa Federal mantêm a sinalização de retomar as negociação específicas tão logo encerrada a mesa com a Fenaban.
Principais reivindicações dos bancários:
* Melhores condições de trabalho com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoecem os bancários;
* Emprego: fim das demissões, mais contratações, fim da rotatividade e combate às terceirizações diante dos riscos de aprovação do PLC 30/15 no Senado Federal, além da ratificação da Convenção 158 da OIT, que coíbe dispensas imotivadas;
* Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para todos os bancários;
* Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós;
* Igualdade de oportunidades: fim às discriminações nos salários e na ascensão profissional de mulheres, negros, gays, lésbicas, transexuais e pessoas com deficiência (PCDs);
* Reajuste salarial de 16% (incluindo reposição da inflação mais 5,7% de aumento real);
* PLR: 3 salários mais R$7.246,82 e Piso: R$3.299,66 (equivalente ao salário mínimo do Dieese em valores de junho último);
* Vales alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá: R$788,00 ao mês para cada (salário mínimo nacional).