Bancárias e bancários do BB em Petrópolis aprovam Estado de Greve para o dia 10/02

Durante a Assembleia Geral Extraordinária, realizada na última sexta-feira, dia 05/02, via Zoom, bancárias e bancários do Banco do Brasil, aprovaram a decretação de Estado de Greve e indicação de paralisação por prazo determinado entre 00h00m e 23h59min do dia 10 de fevereiro de 2021. Sindicatos de todo o país realizaram assembleias no mesmo dia e também aprovaram o Estado de Greve, tornando o dia 10 em mais um Dia Nacional de Luta das bancárias e bancários do BB.

As assembleias foram convocadas com o objetivo de mobilizar os funcionários do BB, para mostrar ao banco a imensa insatisfação pelas políticas e práticas adotadas por sua direção que, recentemente, culminaram numa nova reestruturação, com o fechamento de centenas de agências e a extinção de milhares de postos de trabalho (tudo isso em meio a uma pandemia). Segundo Marcos Alvarenga, funcionário do BB e Presidente do SindBancários Petrópolis, o dia também serve para alertar e esclarecer a sociedade sobre o plano de desmonte de uma das mais importantes instituições públicas do país, que o governo federal e a direção do banco querem impor, em prejuízo da população de menor renda e do desenvolvimento do país. “Somente entre 2016 e 2019, o Banco do Brasil aumentou em 122% seu lucro líquido mas, nesse mesmo período, fechou 19% das agências e reduziu em 16% o número de funcionários. Na atual reestruturação, o governo anuncia uma economia de R$ 350 milhões no ano, sendo que o banco lucra, em média, R$ 1 bilhão por mês! Essa pseudoeconomia se dá com o aumento do desemprego e a piora do atendimento, devido o fato de agências serem fechadas e funcionários dispensados”, disse Alvarenga que completa “Em meio a pandemia, o governo deveria fomentar o emprego e expandir o atendimento e o crédito, em especial o crédito rural e a agricultura familiar. E, para isso, o Banco do Brasil é essencial. Atacar o BB é atacar o povo Brasileiro”.

O Estado de Greve é um alerta à população de que alguma atividade, por parte dos funcionários, pode acontecer. “As recentes reestruturações já demonstraram que o banco não reconhece e não valoriza seus funcionários. Quem não foi atingido na reestruturação anterior, está sendo nessa e quem não está, com certeza será atingido numa próxima. Todos devem lutar por todos e, para isso acontecer, cada um deve fazer sua parte”, disse Alvarenga.