Assédio moral atinge 66% da categoria

Publicado em: 09/08/2011
Assédio moral atinge 66% da categoria

  Uma prática maquiavélica que, muitas vezes, faz o trabalhador se sentir um nada. O problema tem nome e definição bem conhecida entre os bancários: assédio moral. O mal atinge 66% dos empregados das organizações financeiras no Brasil. Os dados estão em pesquisa feita com 27.644 trabalhadores.


  As cobranças por metas, humilhações públicas, piadas e falta de reconhecimento são as principais queixas apontadas pela categoria. Apesar da criação do canal de denúncias, acordo feito entre os sindicatos e os bancos, é alarmante os casos de assédio moral nas agências.


 Segundo especialistas, a situação pode ser ainda mais com-plicada, pois às vezes o trabalhador nem reconhece que é vítima da prática discriminatória. O bancário, por exemplo, faz atendimento ao cliente, vende serviços, tem de ser produtivo e provar que é competente.


  E se no mês seguinte, não conseguir atingir as metas, não importa o quanto contribuiu para a empresa até aquele momento, sendo ridicularizado. Os sintomas mais comuns são: ansiedade, dor de cabeça, sentimento de inutilidade, insônia ou sonolência excessiva, aumento da pressão arterial, distúrbios digestivos, falta de apetite, crises de choro, palpitações, tremores, depressão e até ideia de suicídio.

 

  “O Sindicato é contra qualquer tipo de assédio, seja Moral ou Sexual. Você pode denunciar essas práticas em nossa página na internet”, informou o diretor do Sindicato Sávio Barcellos.