Ao contrário do Brasil, países que combateram a pandemia recuperaram a economia

O crescimento de 1,2% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil no primeiro trimestres de 2021, tão comemorado pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, é quase nada em comparação com outros países cujos governos combateram a pandemia do coronavírus (Covid-19), com lockdown para impedir a disseminação do vírus e vacinas contra a doença.
E o resultado negativo está comprovado no ranking mundial da Austin Rating, divulgado este mês: o Brasil perdeu sete posições, caindo de 12º para 19º lugar entre 50 países pesquisados.
O Brasil perde, inclusive, para os vizinhos Chile (3,2%) e Colômbia (2,9%), que ficaram em quarto e sétimo lugares respectivamente, no ranking de países que mais obtiveram crescimento no Produto Interno Bruto, a soma dos bens e serviços produzidos no país, no primeiro trimestre deste ano. O primeiro lugar ficou com a Croácia que cresceu 5,8%.
Alex Agostini, economista-chefe da Austin Rating, avalia que o PIB brasileiro cresceu menos por causa do atraso na vacinação e a interrupção por quatro meses do pagamento do auxílio emergencial de R$ 600, que só voltou a ser concedido no mês passado, com valor menor e atingindo menos da metade da população que recebeu até dezembro de 2020.