Além da Caixa, líder do governo também se omitiu em caso de assédio

Publicado em: 27/09/2022
Além da Caixa, líder do governo também se omitiu em caso de assédio

No final de 2020, uma funcionária graduada da Caixa Econômica Federal denunciou ao deputado Ubiratan Sanderson (PL/RS), então vice-líder do governo na Câmara dos Deputados, que havia sofrido assédio sexual cometido por Pedro Guimarães, ex-presidente do banco. Segundo reportagem do portal Metrópoles, o deputado confirmou ter conversado com a empregada da Caixa e ouvido o relato de assédio, mas desconsiderou a denúncia e pediu provas.


O Metrópoles informou que a denúncia foi feita em um café na Asa Sul de Brasília. A empregada disse que, durante uma viagem de trabalho ao Amapá, Guimarães se aproximou e a tocou sem sua permissão. Depois, teria mandado recados estranhos durante uma viagem à Paraíba. Após a recusa do assédio, a vítima passou a ser perseguida dentro do banco, mesmo tendo bom desempenho profissional. O deputado foi o escolhido para receber a denúncia porque a vítima tinha contato com ele.


“O deputado se omitiu diante do depoimento da vítima. Preferiu desconsiderar a denúncia e exigir provas de um caso que, sabemos, é feito de maneira a não deixar vestígios”, criticou o dirigente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Rafael de Castro.


As empregadas(os) cobram resposta, pois a comissão de investigação criada pela nova presidenta da Caixa para apurar o caso tinha 90 dias para apresentar os resultados da investigação.


No dia 16 de setembro, a Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae), enviou ofício à Caixa solicitando informações. Até o momento o banco não respondeu ao ofício.