64,9% dos bancários com Covid-19 foram contaminados no trabalho presencial

O secretário de Saúde da Contraf-CUT, Mauro Salles, apresentou no Encontro Nacional de Saúde do Banco do Brasil, realizado no último sábado, dia 07/11, resultados da pesquisa feita pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), realizada na sociedade, de um modo geral, mas, que a pedido do movimento social, focou números específicos da categoria bancária. A pesquisa é fundamental para pautar as reivindicações dos sindicatos para proteger os bancários neste momento ainda de alto risco da pandemia da Covid-19, em especial com as variantes do vírus e o contexto de mal estar gerado na categoria em função da crise econômica e sanitária, das mudanças dos bancos para um modelo de negócio e com as reestruturações e os problemas de saúde gerados pelas sequelas do vírus. “Todos os bancários entrevistados tiveram Covid-19. Deste total, 64,9% dos contaminados estavam em trabalho presencial, 24% em home Office e 9% no sistema misto.
Em relação às funções exercidas pelos bancários contaminados pela Covid, 74% trabalham nos setores de atendimento ao público e 25% em áreas administrativas. Um dado preocupante é de que 17% dos trabalhadores tiveram que ser hospitalizados, pois tiveram caso grave, sendo que alguns foram para a UTI. O índice de reinfecção também é alto, quase 10%. Outro dado preocupante é que seis meses após o contágio, as sequelas da Covid continuam aparecendo. Quase 60% reclamam de cansaço, quase metade disse ter depressão e 54% declaram ter, às vezes, pânico. Já 47% responderam que raramente se sentem alegres no trabalho. Outro número assustador é que 76,9% dos entrevistados disseram que os bancos não emitiram o documento.