5ª Reunião Conjunta das Redes Sindicais de BAncos Internacionais

Trabalhadores dos bancos HSBC, Itaú Unibanco e BBVA estiveram reunidos nesta quinta e sexta-feira, dias 26 e 27 de novembro, em Santiago no Chile, para a primeira etapa da 5ª Reunião Conjunta das Redes Sindicais de Bancos Internacionais. Os dirigentes debateram formas de luta pela organização sindical dos trabalhadores, direito garantido pela OIT e diversas entidades internacionais, mas frequentemente desrespeitado pelas empresas de toda a América Latina.
"Realizamos um debate profundo, com uma intensa troca de experiências entre os bancários dos vários países", afirma Ricardo Jacques, secretário de Relações Internacionais da Contraf-CUT.
O evento continua nesta terça e quarta-feira, dias 1 e 2 de dezembro, em São Paulo, com a participação de dirigentes sindicais do Banco do Brasil, Santander e da Rede Internacional de Bancos Públicos. A Contraf-CUT já recebeu inscrição de 160 dirigentes de vários paises para essa segunda etapa.
Programação
Dia 1 de Dezembro - Neste dia teremos uma programação conjunta de debate para todos os participantes de todos os bancos.
8h - Credenciamento
9h - Abertura Internacional
- Vagner Freitas - Presidente da UNI Américas Finanças
- Carlos Cordeiro - Presidente da Contraf-CUT
- Luiz Cláudio Marcolino - Comitê Mundial da UNI Finanças e SEEB São Paulo, Osasco e Região
- Ricardo Jacques - Comitê de Finanças da CCSCS - Coordenadora das Centrais Sindicais do Cone Sul
- Marcio Monzane - Diretor Regional UNI Américas Finanças
- João Felício - Secr. de Relações Internacionais da CUT / Projeto CUT/FNV-Ação Frente às Multinacionais
- Rafael Freire -Secretario Política Econômica e Desenvolvimento Sustentável da CSA
- Lourenço Ferreira do Prado - Presidente da Contec-UGT
9h45 - Ato Dia Mundial de Combate a AIDS
Coordenação - Adriana Magalhães - Presidenta da UNI Américas Jovens
10h - Mesa I: Regulamentação do Sistema Financeiro Internacional - Alternativas para a Crise
Expositor: Profº Carlos Eduardo F. de Carvalho - UNICAMP
11h - Debate
13h - Almoço
14h30 - Mesa II: As Diretrizes da OCDE como Estratégia Sindical
Expositor: Nelson Canesin - Assessor do SEEB São Paulo, Osasco e Região
15h15 - Debate
16h - Café
16h30 - ISO 26000 - Instrumento como Estratégia Sindical
Expositor: Clóvis Scherer - Dieese
17h15 - Debate
18h - Encerramento das atividades do dia
Dia 2 de Dezembro - Neste dia teremos reuniões conjuntas da CCSCS com UNI por banco: Santander, Banco do Brasil e Rede Internacional dos Bancos Públicos. Serão atualizadas as demandas vividas pelos trabalhadores de cada banco e se definirá a estratégia de ação sindical em cada um, com a organização do Dia Internacional de Luta (unificado), com data indicativa para a semana de 14 a 18 de dezembro de 2009. Teremos reuniões das COE´s brasileiras (Contraf-CUT) de HSBC e Itaú/Unibanco pelo Projeto CUT/FNV.
8h - Inicio das reuniões:
- Reunião Conjunta do Grupo Santander
- Reunião Conjunta do Banco do Brasil
- Reunião Rede Internacional dos Bancos Públicos
- Reunião da COE HSBC - Contraf-CUT
- Reunião da COE Itaú/Unibanco - Contraf-CUT
12h - Encerramento das reuniões conjuntas
13h - Almoço
14h - Apresentação das deliberações das Reuniões Conjuntas de cada banco
Deliberação Conjunta 2009/2010
a) Ação Sindical Conjunta: Jornada Internacional de Luta 2009 - Proposta Semana: 14 a 18 de dezembro.
b) Agenda 2010 - Prioridades
16h - Ato de encerramento da 5ª Reunião Conjunta das Redes Sindicais de Bancos Internacionais
16h30 - Café
Globalização da luta
Um dos focos do encontro é a utilização pelos trabalhadores de mecanismos internacionais como as Diretrizes da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e a ISO 26000, norma internacional sobre responsabilidade social.
Para subsidiar o debate, o economista Marcel Claude apresentou, no Chile, uma análise critica da eficácia e aplicabilidade das Diretrizes da OCDE na luta dos trabalhadores. O debate prosseguiu com uma apresentação de Claudio Arcos, que fez um informe detalhado das discussões da ISO 26000.
Regulamentação do sistema financeiro
O evento também debateu o papel dos trabalhadores na construção da nova regulamentação do sistema financeiro internacional. Os bancários assistiram a apresentação sobre o tema de Hugo Fazio, economista e vice-presidente do Banco Central do Chile no Governo de Allende.
Ele traçou um panorama mundial a partir da crise financeira, apontando que as respostas dos governos deixaram preocupações. O primeiro problema visto pelo economista é a definição do G20 como fórum para as discussões, entidade que ele considera com baixa representatividade.
Outra questão destacada por Fazio é que as propostas até agora apresentadas mantêm o sistema financeiro nas mesmas condições e com a mesma proposta política que ocasionou a crise. Por fim, o economista alertou que o movimento sindical até agora não conseguiu construir um projeto internacional de reforma do sistema que leve a repensar o modelo de divisas e recriar o sistema financeiro com regras e sob a supervisão do Estado.
Fonte: Contraf-CUT