2º Seminário Jurídico contou com mais de cem dirigentes sindicais e assessores jurídicos de sindicatos e federações

Publicado em: 16/09/2019
2º Seminário Jurídico contou com mais de cem dirigentes sindicais e assessores jurídicos de sindicatos e federações

O último dia do 2º Seminário Jurídico da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) aconteceu no dia 13/09, em São Paulo. Durante todo o dia mais de cem dirigentes sindicais e assessores jurídicos de sindicatos e federações debateram temas relacionados à Previdência Social em tempos de deformas e futuro do trabalho.


O secretário de Assuntos Jurídicos da Contraf-CUT, Mauri Sérgio Martins de Souza, comentou sobre a importância da participação das entidades no seminário e da luta em defesa dos direitos da classe trabalhadora. “Durante o seminário foram abordados, com muita propriedade pelos participantes, os riscos que a “deforma” da Previdência e as novas tecnologias trazem para a classe trabalhadora e o quanto a categoria tem que estar mobilizada na resistência e em não aceitar a perda de direitos”, comentou.


O presidente da Associação Nacional dos Participantes de Fundo de Pensão (Anapar) e membro do Conselho Nacional de Previdência Complementar, José Ricardo Sasseron, iniciou o debate ao afirmar que a Reforma da Previdência que Paulo Guedes, quer implantar no Brasil não deu certo em nenhum lugar do mundo. “Temos 30 países que tentaram  implantá-la, porém 18 voltaram a implantar a Previdência Pública, porque a maioria dos idosos ficaram sem aposentadoria.


O modelo de Previdência Social ideal já é o implantado no Brasil e, agora, ele está sendo desmontado pelo atual governo, segundo Flávio Roberto Batista, professor doutor do Departamento de Direito do Trabalho e da Seguridade Social da Faculdade de Direito de São Paulo. “Estamos em tempos de “deforma” há 30 anos. Ela começou em 1991 quando o legislado, ao organizar a Constituição, não implementou a Previdência de acordo com o que apontavam as condições constitucionais”, explicou. “A nossa reforma na questão da capitalização é pior do que a reforma chilena porque gera um custo de transição. Se a economia do Brasil está no buraco, onde ela vai estar com menos um trilhão circulando em dez anos? Se hoje estamos em crise econômica, mas que ainda tem como reverter, dentro de dez anos não vai ter mais o que fazer. A economia pode estar irremediavelmente destruída”, afirmou Flávio Batista.


Os diretores do SindBancários Petrópolis, Cláudia Botelho e Marcos Alvarenga, participaram do Seminário em SP.