1º de Março: Dia de Zero Discriminação

Lançada mundialmente em 2013 pelo UNAIDS (Programa Conjunto das Nações Unidas para HIV/AIDS), a iniciativa Zero Discriminação celebra o direito das pessoas a uma vida plena, produtiva e com dignidade – não importando sua origem, orientação sexual, identidade de gênero, sorologia para o HIV, raça, classe, etnia e religião.
Liderada por Aung San Suu Kyi, porta-voz do UNAIDS para a Zero Discriminação e vencedora do prêmio Nobel da Paz, a iniciativa consagrou o 1º de março como Dia de Zero Discriminação. A borboleta, símbolo de um processo de transformação, representa o compromisso em assumir um comportamento aberto à diversidade e à tolerância.
A discriminação e as desigualdades estão intimamente ligadas. A intersecção de formas de discriminação, seja ela estrutural ou social, contra pessoas e grupos pode levar a uma ampla gama de desigualdades. Por exemplo, em relação à renda, índices educacionais, saúde e emprego. No entanto, as próprias desigualdades também podem levar ao estigma e à discriminação. É fundamental, portanto, que quando se busca reduzir as desigualdades, busque-se também lidar com a discriminação.
A Parceria Global para Ação para Eliminar todas as Formas de Estigma e Discriminação Relacionados ao HIV identificou seis cenários principais onde o estigma e a discriminação ocorrem e criam ou reforçam a desigualdade: o setor da saúde; o setor da educação; o local de trabalho; o sistema de justiça; famílias e comunidades; e cenários de emergência humanitária.
Combater a desigualdade não é um compromisso novo. Em 2015, todos os países se comprometeram a reduzir a desigualdade dentro e entre os países como parte dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Mas ainda não foi cumprido pelo mundo. Além de ser fundamental para acabar com a AIDS, o combate à desigualdade também avançará em relação aos direitos humanos das pessoas que vivem com HIV, tornará as sociedades mais bem preparadas para vencer a COVID-19 e outras pandemias, e apoiará a recuperação e estabilidade econômica. Cumprir a promessa de combater a desigualdade salvará milhões de vidas e beneficiará a sociedade como um todo. Para fazer isso, devemos enfrentar a discriminação em todas as suas formas.
Os governos devem promover o crescimento social e econômico inclusivo, investindo mais em saúde, educação, proteção social e empregos decentes. Eles devem eliminar leis, políticas e práticas discriminatórias para garantir oportunidades iguais e reduzir as desigualdades.
Mas todos e todas nós podemos fazer a nossa parte, denunciando a discriminação onde a vemos, dando o exemplo e defendendo a mudança da legislação. Todos nós temos um papel a cumprir para acabar com a discriminação e, assim, reduzir as desigualdades.