Content on this page requires a newer version of Adobe Flash Player.
Dia a Dia
Outras Edições
Tribuna Bancária
Outras Edições
Sem auxílio emergencial, 68 milhões estão inseguros
O fim do auxílio emergencial em dezembro fez com que 67,9 milhões de brasileiros começassem 2021 inseguros a respeito de como sustentar a família sem o benefício. A insegurança toma conta do povo com a inércia do governo Bolsonaro para apresentar soluções para a crise social e econômica, o alto índice de desemprego e preços elevados dos alimentos e gás de cozinha, por exemplo. Durante nove meses, foram pagos R$ 292,9 bilhões a famílias vulneráveis. Na realidade, com o fim do auxílio, deixam de ser injetados na economia dos estados R$ 32,4 bilhões por mês. Agora, a pobreza extrema pode atingir mais de 20 milhões de brasileiros. O número de pobres voltou a subir desde setembro, quando o governo cortou o benefício à metade e pagava R$ 300,00. O país possui mais de 14 milhões de desempregados e os desalentados (pessoas que desistiram de buscar emprego por acharem que não iriam encontrar) passa dos 5,8 milhões, segundo dados do IBGE. Além disso, o auxílio foi mais do que relevante para o Norte e Nordeste, onde a situação econômica é frágil. Quase 43% do benefício foi destinado para as duas regiões, o que equivale a R$ 125 bilhões. Fica comprovada a necessidade da extensão do socorro emergencial ou a criação de outro dispositivo que dê suporte para a população atingida pela pandemia. Só que Jair Bolsonaro ignora a realidade e deixa o povo por conta da própria sorte.
Itaú aumenta o prazo para entrega de relatório médico
Após cobrança do movimento sindical, a direção do Itaú estendeu o prazo para a entrega da declaração médica para os funcionários que se declararam como grupo de risco para a Covid-19. Porém, a nova data ainda não foi divulgada pelo banco. O Itaú tem de levar em consideração que janeiro é o mês que geralmente muitos médicos aproveitam para tirar férias. Isto dificulta o acesso dos bancários a um atestado comprobatório das condições de saúde. Na última segunda-feira, dia 04/01, o banco informou sobre o retorno da compensação de horas mensal e que seria necessário que os trabalhadores encaminhassem a declaração até o dia 15 deste mês. O curto prazo deixou os empregados preocupados. Os bancários não podem ser prejudicados. O Itaú precisa encontrar uma solução e tranquilizar os funcionários. Por isso, uma nova rodada de negociação com os representantes dos empregados e o banco foi marcada para o dia 19 de janeiro.
Conheça Niara, mascote da campanha Tributar os Super-ricos
Niara é o nome da personagem criada pelo cartunista Aroeira para fortalecer a campanha Tributar os Super-ricos, lançada por 70 organizações brasileiras para promover justiça fiscal. Em quadrinhos, ao estilo Armandinho e Mafalda, a pré-adolescente negra Niara nasce pra explicar as distorções na cobrança de impostos no Brasil. Niara, no idioma suaíli, falado no leste da África, significa “aquela que tem grandes propósitos”. “Niara é lindo. ‘…my sister speaks swahili…’ é parte da letra de um reggae que eu gosto muito, do Abyssinians… African Race”, explica Renato Aroeira, que concebeu a personagem a convite da coordenação da campanha. A campanha Tributar os Super-ricos é nacional e cobra medidas para enfrentar a grave crise aprofundada pela pandemia e contribuir para retomada do crescimento do país. Conta com a participação de diversas entidades sociais, governadores e parlamentares. São oito as propostas da campanha, que tem a meta de promover um aumento de arrecadação de quase R$ 300 bilhões, tributando apenas as altas rendas e grandes patrimônios dos 0,3% mais ricos do Brasil.
Frases de Bolsonaro são “sincericídios” sobre neoliberalismo no país
O Brasil começou a primeira semana do ano ouvindo as já controversas declarações do presidente sobre a situação econômica do país e a terceirização de suas responsabilidades. Para ele, nada de ruim que acontece com o Brasil é de sua responsabilidade, seja o fim do auxílio emergencial, o aumento do desemprego, a falta de vacinas contra a Covid-19 e o calote dado ao aporte previsto no Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), instituição financeira criada pelos cinco países do grupo do Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul). Na última quarta-feira, 05/01, Bolsonaro soltou duas pérolas “Brasil está quebrado e eu não consigo fazer nada”, sobre o fim do auxílio emergencial e a impossibilidade de cumprir promessa de campanha de cobrar impostos para quem ganha a partir de R$ 5.000,00 ( hoje a alíquota do IR é paga a partir de R$ 1.900,00); e “ que o Brasil é um país difícil trabalhar. Quando fala em desemprego, né, [são] vários motivos. Um é a formação do brasileiro. Uma parte considerável não está preparada para fazer quase nada. Nós importamos muito serviço". Segundo o economista, Marcio Pochmann, essas declarações são consideradas “sincericídios” – uma mistura de sinceridade com suicídio, por que Bolsonaro tem de manter a cartilha neoliberal econômica que o elegeu. Politicamente Bolsonaro está “preso” ao centrão, bloco fisiológico de parlamentares da Câmara e Senado Federal, de centro-direita e extrema direita, que costuma aderir ao governo em troca de cargos, por ter saído do PSL , se unindo ao grupo para manter a maioria do Congresso fiel a ele. Como não quer perder a popularidade com o auxílio emergencial, mas também não quer perder o apoio da maioria no Congresso, que reza pela cartilha neoliberal, defende o teto de gastos públicos e é avessa a políticas públicas, Bolsonaro joga com frases de efeito para dizer que a responsabilidade não é dele, quando, na verdade, faz tudo de maneira pensada, tentando manobrar a opinião pública. Pochmann diz que o Brasil não está quebrado e que Bolsonaro usou uma interpretação bancária, financeira, utilizada nos anos de 1980 que definia os países latino-americanos endividados e não conseguiam pagar suas dívidas no exterior. “Como ele não tem saída por causa do teto de gastos e ainda assim aumentou o déficit público, Bolsonaro adota como resposta para a crise o mesmo discurso de alguns economistas, de que a saída é vender, privatizar, de que está quebrado”, afirma Pochmann.
Pressão por metas em banco gera adoecimento e dano moral
Os bancos devem ficar atentos, já que essa estratégia organizacional pode caracterizar assédio moral e, pior, levar seus trabalhadores ao adoecimento por culpa empresarial. Em Minas Gerais, uma bancária ganhou na Justiça o direito a uma indenização por danos morais, no valor de R$ 25 mil, após ter sido vítima de assédio no banco em que trabalhava. A decisão foi da 10a Turma do TRT-MG, que manteve a punição aplicada pela 2ª Vara do Trabalho de Governador Valadares. O depoimento de inúmeras testemunhas foi crucial para o relator do caso, o juiz convocado Vitor Salino de Moura Eça, constatar o assédio moral que, segundo ele, desestabilizou não só a autora do processo como também os demais colegas de trabalho. Nas palavras do relator, "o Banco desconsiderou totalmente a condição humana dos trabalhadores". Uma das testemunhas contou que "as cobranças eram sempre muito duras, incisivas e diárias. E feitas pessoalmente, em reuniões e até mesmo por e-mail frequentes. Quem não atingisse o resultado esperado, além de não ganhar premiações, era ameaçado de transferência ou demissão pelo superintende ou pelo gerente-geral". O relator destacou o fato de que, nas reuniões de trabalho das sextas-feiras, eram reiteradas as ameaças: "O detalhe do dia da reunião é muito relevante para demonstrar o desgaste imposto aos empregados e a ausência de propósito pedagógico na cobrança de metas. No final da semana já não havia mais nada o que fazer para recuperar as metas, senão remoer e sofrer com as ameaças durante a folga semanal". Para o julgador, a bancária foi vítima de assédio moral, o que comprova o dano e sustenta a manutenção da decisão de 1º grau. Em relação à indenização, ele reduziu de R$ 50 mil para R$ 25 mil, valor que considera mais adequado às circunstâncias do caso.
Trabalhador em Foco - Tema: Ética no trabalho
Programa Trabalhador em Foco - Tema: Lei Maria da Penha
Programa Trabalhador em Foco - Tema: Conjuntura Política